Como escolher a melhor ração?


24/10/14 -

É cada vez mais comum ver donos que se dedicam a seus animais como pais, não medindo esforços para agradar e mimar os pets.  No entanto, com a grande variedade de alimentos disponíveis nas gôndolas dos pet shops e supermercados, fica difícil saber qual a melhor opção.

POR DENTRO DA RAÇÃO

A ração canina é um alimento que deve suprir todas as necessidades nutricionais do animal, epor isso não possui um ingrediente principal. O especialista em nutrição animal Aulus Carciofi, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), diz que uma boa ração deve conter ingredientes de qualidade e bem processados, misturados de modo proporcional. “A ração ideal reúne fontes de carboidrato, proteínas, gorduras, fibras, minerais e vitaminas, totalizando 45 nutrientes indispensáveis para o bem-estar do pet”, orienta. Entre os nutrientes indispensáveis vale destacar alguns que influenciam de maneira mais incisiva a saúde canina, devendo a ração possuir uma dosagem específica de cada um para ser considerada de qualidade. As proteínas, por exemplo, têm de corresponder a no mínimo 22% de cada quilo de ração, pois são indispensáveis para manter o tônus muscular do animal e o sistema imunológico emdia. Os lipídios devem representar ao menos 5% do quilo da ração, assim é possível manter o pelo e a pele do cão mais saudáveis. Já o cálcio e o fósforo atuam em conjunto para que os ossos permaneçam sempre fortes e, por isso, a comida precisa conter mais de 1,1% do primeiro elemento e de 0,9% do segundo para cada quilo. A vitamina D é importante para aprevenção de doenças, principalmente ósseas e dentárias, sendo indispensáveis pelo menos 500 UI/ kg (unidade usada para mensurar
vitaminas) desse elemento.

DE OLHO NA ENERGIA DO PET

É essencial também estar atento às condições físicas do animal e seu estilo de vida para escolher o melhor alimento. Segundo o mestre em alimentação e nutrição animal Yves Miceli, professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), essas condições definirão a quantidade certa de alimento a ser oferecida ao cão. “A dose correta de alguns nutrientes vai depender da atividade física, estado fisiológico e saúde do bicho”, analisa Miceli. O conteúdo energético é o principal item a ser observado nas embalagens, e o mais indicado é oferecer alimentos ricos em energia para cães mais magros ou quietos e mais baixos para os obesos ou hiperativos. Esse conteúdo energético é verificado por meio do teor de gordura (ou extrato etéreo) e, quanto mais baixo ele for, maior deve ser a quantidade de fibras na ração.
Esse equilíbrio é importante para manter as funções fisiológicas em perfeito funcionamento. “Quando a ração tiver até 12% de extrato etéreo, a quantidade de fibras deve ser maior que 6%, e quando tiver extrato etéreo superior a 18%, as fibras deverão compor menos de 3% do alimento. Os teores médios seguem esse mesmoconceito”, afirma Carciofi.

A RAÇÃO MAIS ADEQUADA

No mercado brasileiro há quatro tipos de ração que são produzidos de formas distintas, possuem preços diversos e têm diferentes impactos no organismo do cão.

As rações Super Premium são feitas com nutrientes de qualidade superior. Por exemplo, a proteína utilizada será de partes nobres e não de pena, osso (que são menos absorvidas pelo organismo). Além disso, incluem aditivos incorporados ao alimento, como já citados acima, que normalmente não estão presentes em rações da linha Standard.
Estas rações também não contém corantes e algumas contém conservantes naturais, o que torna o alimento com menos química, ou seja, menos prejudicial à saúde do animal à longo prazo.

Outro ponto importante é que as rações Super Premium costumam apresentar tipos bastante específicos para determinadas raças que, conhecidamente, precisam de um cuidado maior. Também apresentam tipos específicos para animais de treinamento e competição. A diferença também é vista no tamanho dos grãos da ração, pois está de acordo com o porte do animal. Já imaginou um cachorro adulto que pesa 1 quilo comendo grãos de 2 cm de tamanho? Fica difícil para ele, concorda?

É claro que nem todo mundo pode arcar com os custos dessas rações, que tem motivo para serem mais caras. Mas nem por isso, você deve dar qualquer coisa para o seu cachorro.

As rações Premium possuem nutrientes de menor qualidade que as super Premium, mas também podem possuir aditivos, como pro-bióticos, ômega 3 e 6.
Preste atenção, pois algumas rações Premium possuem corantes e conservantes.
Prefira aquelas que não possuam, pois já é sabido que muitos destes corantes e conservantes são cancerígenos.

As rações Standard, são consideradas rações de qualidade razoável, pois suprem as necessidades básicas que um cachorro precisa para viver, mas sem apresentar os benefícios adicionais das rações Premium e super Premium.

Evitem dar rações de padrão abaixo do mediano (Standard), pois seu animal estará com falta de nutrientes adequados e isso é percebido na pelagem do cachorro, no peso, na fragilidade que este cachorro terá para contrair doenças e até mesmo na quantidade de fezes que ele irá produzir (muito grande).


Segundo o veterinário Júlio César Cambraia, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), embora haja tanta diferença, não é possível definir qual é a ração correta para o peludo, pois todas possuem os nutrientes necessários para o bem-estar dele, o que as distingue é o graude absorção. “A diferença é que uma ração de baixa digestibilidade vai exigir uma maior quantidade de comida para a sensação de saciedade se comparada a uma com boa absorção”, indica Cambraia. Esse poder de absorção influencia vários outros fatores.
Com um alimento de baixa digestibilidade o cão produz maior quantidade de fezes, pois ingere muito mais alimento. Além disso, apesar de a comida com elevada absorção ser mais cara, ela exige um consumo menor, sendo mais rentável financeiramente do que a ração mais barata e de baixa absorção.

Segue aqui uma lista das principais marcas e suas categorias:


Super Premium (ordem alfabética)

- Cibau
- Eukanuba
- Guabi Natural
- Hills
- Match Super Premium
- Natural & Delicious
- Nutro Choice
- Ossobuco
- Premier Pet
- Pro Plan
- Royal Canin


Premium (ordem alfabética)

- Faro (Guabi)
- Golden
- Pedigree
- Premium Dog
- Tutano


Standard (ordem alfabética)

- Bonzo
- Croc Dog
- Frolic
- Herói
- Pedigree Champ

PROBLEMAS DE SAÚDE

Optar por uma ração de baixa qualidade pode trazer alguns problemas de saúde ao cachorro. Nesses casos, tanto o excesso como a falta de nutrientes são prejudiciais. O veterinário Aulus Carciofi afirma que quase todos os nutrientes, quando servidos em demasia, podem provocar complicações à saúde.
A única exceção são as vitaminas hidrossolúveis (dissolvidas em água e absorvidas pelo intestino), pois o corpo utiliza o necessário e elimina os excessos. A ausência dos nutrientes é tão ou mais grave que o excesso. “Por serem substâncias essenciais, a falta de qualquer uma delas deixará o cão debilitado e com sintomas específicos”, diz Carciofi . Má condição da pelagem, ganho excessivo ou perda de peso, problemas hepáticos, cardíacos, queda da imunidade, formação de fezes pastosas e volumosas e distúrbios ósseos e articulares estão entre as principais consequências do uso de rações de baixa qualidade. O veterinário Yves Miceli ainda alerta sobre a variação da quantidade de nutrientes de acordo com a idade do animal: “Os cães apresentam necessidades distintas em cada fase da vida. Uma comida que faz bem a um filhote ou idoso pode provocar sérios danos à saúde de um adulto”, ressalta. Ainda segundo Miceli, um alimento rico em fósforo é essencial para o bem-estar de um filhote, mas, se oferecido todo dia para um cão adulto, pode causar danos irreversíveis aos rins, levando até mesmo a um quadro de insuficiência renal.

CUIDADO NA CONSERVAÇÃO

Antes da compra fique atento ao modo de conservação. “Rações vendidas a granel, além de ilegais, podem provocar danos à saúde do cão, pois o longo contato com o ar causa a oxidação das gorduras, e gera radicais livres, que são elementos tóxicos”, destaca Carciofi. Mesmo que o dono da loja (normalmente casas de ração) diga que mantém o saco fechado, ou o latão com tampa, você nunca saberá há quanto tempo aquela ração está lá, exposta à umidade, moscas (e até ratos!).

Fonte: http://revistameupet.com.br/

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